Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai decidem a Libertadores

maio 20, 2011 at 6:38 pm Deixe um comentário

   E o mundo finalmente conheceu os quatro semifinalistas da Libertadores 2011, cujo início se deu em janeiro, pouco antes de o Corinthians naufragar de forma vexatória diante do Tolima, da Colômbia. Restaram os já campeões Peñarol (5 títulos no currículo), Santos (2) e Vélez Sarsfield (1), além do Cerro Porteño, presença constante no torneio, mas sempre sem muito sucesso.

   Nesta semana, havia a expectativa por duas grandes e emblemáticas decisões: Universidad Católica X Peñarol e Cerro Porteño X Jaguares. Ambos os jogos, disputados ontem, reservaram emoção até o fim. O time chileno conseguiu um gol no primeiro tempo, em chute cruzado. Foi para o segundo tempo precisando de mais um gol para levar a decisão aos pênaltis, e foi o que conseguiu, para delírio de seus torcedores. Tudo ia bem em Santiago, até que o Sobrenatural de Almeida agiu, sob a forma de uma bola cruzada da esquerda e uma saída ridícula do goleiro do Chile, lembrando o glorioso Johnny Herrera, o Superboy corintiano. A pelota sobrou para o atacante do Peñarol chutar e ver a rede estufar, sem goleiro. Uma camisa espetacular voltava a uma semifinal de Libertadores após ausência de 24 anos.

   No outro jogo de ontem, o último das quartas-de-final a terminar, o Cerro Porteño venceu o Jaguares, em casa, por 1 a 0. Como empatara em território azteca, ficou com a vaga e vai ser o sparring santista, apesar de levar uma pequena vantagem por decidir a última em casa, no Defensores Del Chaco. Como o Santos já ganhou deste adversário no Paraguai, na primeira fase, Edu Dracena se deu até ao luxo de dizer que preferia mesmo o Cerro, pois já conhece o adversário. Vai ser barbada e das boas. Tem gente chutando 7 a 0 em muitos bolões. Quem dá mais?

   Só que o Peixe, glorioso alvinegro praiano, não teve a facilidade que todos esperavam ver na quarta-feira. Vencedor da primeira batalha, na Colômbia, por 1 a 0, com gol de Alan Patrick, podia empatar com o Once Caldas no abarrotado Pacaembu. E os 33 mil santistas ficaram ainda mais satisfeitos com o gol logo de cara, no começo do jogo, fazendo 1 a 0 e com placar agregado de 2 a 0. Era só fazer a festa, mas Rentería faria o gol de empate no final do primeiro tempo. O segundo tempo não foi só de pressão do time colombiano, mas a possibilidade de eliminação santista existiu. Neymar foi o nome do jogo, ainda que tenha desperdiçado um pênalti no final, o que propiciou uma última falta a favor dos colombianos. Se fosse gol, o Once Caldas seria carrasco mais uma vez, avançando com placar agregado de 2 a 2, em virtude dos dois gols fora de casa. Não foi o que aconteceu, e hoje só falamos sobre quem será o adversário santista na final, cujo último duelo será no Brasil, pois a campanha do Peixe é melhor que a de Vélez e Peñarol.

   Se por um lado pode reviver os bons duelos do início dos anos 1960, quando Santos e Peñarol disputavam a supremacia da América do Sul, por outro pode dar uma briga feia entre Brasil e Argentina. E o duro para o pessoal da Baixada é que os argentinos venceram as duas últimas pelejas jogadas em Buenos Aires, e ambas pelo placar de 3 a 0. Vai ser caroço, como diria Bob Sousa, apaixonado anti-santista. E Bonsucesso, santista e grande frequentador de estádios, mas que nas decisões tem ido a algum boteco nas imediações da acanhada Vila Belmiro, ouvir o jogo pelo radinho de pilha, fala que é barbada, mas pede para a diretoria santista alugar o Morumbi, pois vai ficar pequeno o Pacaembu para comemorar o terceiro título da Libertadores. Dá-lhe Peixe, o meu absoluto favorito! E escrevo isso mesmo após o grande futebol do Vélez contra o Libertad, em Assunción, com vitória argentina por 4 a 2.

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